quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Amanhã já é hoje.

Aí hoje eu ouvi aquele super clichê do carpe diem que me persegue nesta vida. Porque tudo passa, tudo sempre passará, como uma onda no mar e, portanto, precisamos aproveitar o momento presente blablablá. Não que eu não acredite nisso. Ao contrário, acredito sim, só não consigo pôr em prática.

Contrariando todas as expectativas (porque sou uma pessimista involuntária), hoje tive um dia ótimo, embora não tenha ocorrido nada especial de fato - e isso sempre me surpreende. Porque ficar feliz quando recebemos uma declaração de amor, quando conseguimos uma boa nota na prova, quando é dia de pagamento ou quando compramos uma coisa que queremos muito, é fácil. Difícil é ficar feliz por motivo nenhum. Então, quando esse milagre ocorre, fico orgulhosa de mim mesma.

* Pausa para um breve flashback *
Há cerca de um ano e meio criei este blog para publicar redações dos meus alunos. O projeto não deu certo, desativei o blog mas não quis deletá-lo. Contando com a possibilidade - e a esperança - de um dia voltar a escrever, mantive o blog e criei, de improviso, um nome qualquer pra ele. Só pra não ficar com o mesmo nome e endereço do blog de redações. E o que me veio foi isso aí, simplesmente porque era a mais pura, nua e crua verdade: no futuro, talvez.

Então, lá estava eu hoje, secando o cabelo e pensando no dia feliz e normal que eu tive, quando me lembrei deste blog e do nome que dei pra ele e do discurso carpe diem e tive uma epifania que, putz, acho que preciso voltar a escrever! Afinal, é muita coincidência eu ter lembrado do blog e ter ouvido a história do não-deixe-pra-amanhã-o-que-você-pode-fazer-hoje no mesmo dia, e ainda por cima o nome do blog falar que só no futuro, talvez, eu pense em, quem sabe, né, escrever de novo. Não pode isso! Eu não acredito em coincidências e estou convencida de que foi um sinal divino. Volte a escrever, minha filha! , berravam os céus.

Eu já estava pensando nisso (em voltar a escrever) há uns meses, mas não tive coragem. Basicamente porque:
1) não tenho nada de interessante pra falar;
2) tenho o péssimo hábito de ficar falando da minha vida sentimental;
3) não tenho gosto musical/cinematográfico/literário apurado o suficiente (o que recai no item 1);
4) tenho o péssimo hábito de ficar reclamando da vida;
5) tenho o péssimo hábito de ficar reclamando de mim mesma (vide todos os itens anteriores);
6) tá, tenho o péssimo hábito de ficar reclamando.

E eu fico pensando por que raios alguém ia querer ler um blog sobre a vida de uma pessoa dramática e reclamona, mas sei lá, né. Que se dane. Vai que eu estou num dia feliz sem motivo como hoje e escrevo alguma coisa positiva. Ou que isso aqui me motive a ser mais positiva pra ter mais coisas positivas pra escrever. Ou que eu volte a escrever coisas de teor literário, pensou? Vai saber.